Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Mudar.De.Pele

Astrologia, Desenvolvimento Pessoal e Humano em doses homeopáticas.

22 de Outubro, 2022

Sobre Viver

Miriam Pacheco

snails-2983235_960_720.jpg

 

 

Às vezes o melhor a fazer é nada fazer. Aproveitar o momento tal e qual como se apresenta.

 

Em breve tudo voltará a mudar novamente.

Desfrutar da preguiça, desfrutar de bons restaurantes, desfrutar de comida deliciosa e calórica, desfrutar de não limpar a casa, desfrutar de acordar tarde, desfrutar de longos passeios com os cães, desfrutar do supermercado ao descer da rua, desfrutar de não ler livros, desfrutar de não ter de apanhar transportes, desfrutar de poder fazer o que queremos quando queremos, desfrutar das calças que  não nos servem, desfrutar de não estar a trabalhar... Há que desfrutar! Tirar o fruto. Aproveitar. Tirar o proveito. 

 

Sem pesos na consciência, sem necessidade de sermos produtivos, sem precisar de explicar ou justificar, sem necessidade de nada dizer ou fazer, sem achar que nos falta algo ou estamos a perder algo, sem nos sentirmos sozinhos e abandonados, sem culpas, sem rótulos, sem julgamentos...

 

Às vezes, isso é o melhor que podemos fazer por nós! 

09 de Outubro, 2022

Peter Pan precisa de uma consulta de oftalmologia

Miriam Pacheco

white-faced-heron-7469269_960_720.webp

 

Os meus olhos mudaram. Já não vejo como via. Será isso uma benção ou uma maldição?! Dou por mim a ter uma certa nostalgia e saudosismo da minha anterior visão, ainda que seja muito menos abrangente e próxima do real. Tinha leves temperos de ilusão, escapismo e vontade de que tudo fosse como eu achava que seria o melhor... Mas não o é! 

 

E não, não está tudo bem, mas ficará. Terei de aceitar que assim o é. Não há muito o que possa fazer ou o que esteja nas minhas mãos.  Resta-me aceitar e tentar não ir ficando muito triste por me ter distanciado, um pouco mais, da Terra do Nunca. 

 

Quando ponho os binóculos entendo:

 

1+ 3=4

2-2=0

4-2=0

Sobra 1

1+1= já não consegue ser igual a 4, porque 60-40=20

20 já é um resultado avolumado.

 

 

Contas feitas, ilusões desfeitas. 

Lá mais para a frente tudo fará sentido.

05 de Outubro, 2022

O tambor deve ser ouvido e o caminho percorrido

Miriam Pacheco

animal-4004844_960_720.jpg

Não depende só das nossas boas intenções, do nosso esforço e da nossa força de vontade. Há momentos e fases em que vivemos o que a vida nos apresenta. Podemos sonhar, podemos desejar, podemos projetar outra realidade, isso irá-nos ajudar a encontrar forças e inspiração, mas o que há para viver é o que temos diante de nós. Seja, o que a nossa limitante dicotomia humana considera, bom ou mau. É por ali que temos de passar. É ali que temos matéria para aprender ou até para desaprender. É desafiante aprender através de experiências difíceis e dolorosas, mas por vezes também o é através de experiências amorosas e fluídas. 

 

É preciso simplificar. O mais fácil ajuda-nos. Há que normalizar as escolhas fáceis. Na maioria das vezes não precisamos recorrer a terapias alternativas, a viagens místicas, a registos akáshicos. Temo-nos a nós e à nossa bússola, o nosso coração. É seguir. Não parar perante/ no meio da tempestade e aproveitar a corrente e o vento, mesmo perante a adversidade de opiniões alheias. Mas não há fórmulas, nem  escolhas mais acertadas, nem caminhos certos. Há direções, que nos levam a diferentes experiências, que nos possibilitam crescer um pouco mais. E assim é durante toda a vida até morrermos, independentemente da nossa vontade. Assim o é. Aprender até à morte, quer demos ou não significado a essas experiências. Como num jogo. Repetir, repetir, repetir até aprender e passar para o nível seguinte.