Como Alfazema mergulhei em apneia
Oiço-te. Abro menos a boca. Entro no molde porque no molde preciso de entrar. Cumpro a puta da expectativa. É para ela que oriento a minha vida, apenas para sobreviver. Como uma águia vive como um bloco de papel cavalinho A4. Já o disse. Acredito que devo poupar no meu vocabulário. Dispenso interpretações e traduções. Beleza não passa despercebida. É o aroma da alfazema. Leve e sonolente, solenemente Num sussurro mudo, que mal vê. Peço ao universo que me dê o que mereço. No espaço e no tempo, mas depressa, a toda a velocidade. Quem espera, desespera e eu já estou cansada, quase invisível, a luz já mal brilha. Incandescente quero ser! Sou estrela imperfeita. Mulher vivida, mulher da vida. Menos não consigo.